Faz mais de 6 meses que não venho aqui, mas tive que vir pra comentar empolgadíssimo do filme que vi sábado.
Meu conceito é:
Primeiro de tudo, esse filme não é um remake nem um reboot. A melhor definição que posso achar pra esse filme é "homenagem". Uma bela homenagem ao filme de 1993, que com certeza ainda continua no imaginário de muita gente. Foi talvez a primeira vez que o cinema tenha visto algo com tanta qualidade de imagem. Misturando cenas 3D com animatronics, muita gente se impressionou e se apavorou com dinossauros com tamanho realismo que só víamos nos livros e revistas. Chega daquele stopmotion de décadas passadas... a coisa na época tinha dado um salto gigantesco em relação à tecnologia e entretenimento.
PROMETO NÃO DAR SPOILERS DO FILME!!
Esse novo filme mostra o Parque dos Dinossauros, idealizado por John Hammond, agora inaugurado. Passeios em pequenos Tricerátopos, andar de carro ao lado de Galimimos, visitar um "parque aquático" e poder ver um Mosassauro alimentando-se de um tubarão, entre outras atrações. A treta começa por causa de um dinossauro híbrido, criado e modificado geneticamente. Ele, por ser inteligente, consegue escapar do seu padoque e começa a "aprontar altas confusões que até Deus duvida" (imagino esse filme passando na Sessão da Tarde e o narrador apresentando-o assim). Daí, entra o papel de Owen Grady (vivido pelo novo queridinho de Hollywood Chris Pratt), uma espécie de "tratador" dos dinos, e Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), a chefe de operações do parque. Além de tentarem capturar o dino híbrido - chamado de Indominus Rex -, eles precisam resgatar os sobrinhos de Claire, Zach (Nick Robinson) e Gray (Ty Simpkins), que se perderam pelo parque.
Como eu falei, o filme faz diversas homenagens ao original, de 1993. Várias cenas inspiradas, cenários, objetos... quem viu o primeiro Jurassic Park e adorou vai sentir-se nostalgiado com o tanto de links entre os dois filmes. Poderia até citar quais são, mas prometi não soltar spoilers aqui. A única coisa que sugiro é que VÃO ASSISTIR ESSE FILME. A história é boa, linear, sem muita enrolação e as atuações são muito boas. Sem contar que o final é APOTEÓTICO!!
"Aquela hora que aparece o Thor batendo num Pterodáctilo..."
Não sei se é pela empolgação aparente que estou com esse filme, mas confesso que acho que ele até ultrapassa Vingadores: A Era de Ultron como o melhor filme que vi esse ano - tudo bem que não vi Mad Max, mas whatever... Inclusive, Jurassic World bateu a bilheteria de estréia de Vingadores e ganhou até uma homenagem de Kevin Feige, o produtor cinematográfico da Marvel Studios e a mente pensante por trás de toda cronologia dos filmes da MCU (Marvel Cinematic Universe, ou o Universo Cinematográfico da Marvel). Pra ganharem do filme que muitos diziam ser o mais esperado de 2015, é porque o filme é realmente bom. Muito mesmo!
"Não é só você que pode ter uma montaria
como o Groot, Rocket!!" (QUILL, Peter)
Enfim, suba no seu Velociraptor criado em cativeiro e corra pro cinema mais próximo! Valeu!
Essa semana eu tava bolando um post novo pro blog, pois faz um bom tempo que não coloco nada aqui. Seria sobre os novos seriados que tou assistindo, dando minha opinião sobre eles e tal. Li algumas críticas que vem sendo feitas a alguns deles e iria criar um post sobre eles. Mas hoje, especialmente hoje, o momento pede outro foco.
O dia já começou com todos sabendo que não seria um dia típico como outros. Afinal, hoje é a Black Friday, onde sites e lojas fazem promoções de seus produtos, dando até 70% de desconto neles. Algumas promoções são meio fajutas, é claro; mas nada que um pouco de pesquisa não ajude. Enfim, o dia de hoje só tendia a trazer alegrias... mas apenas tendeu. Como todos já devem saber, Roberto Gómez Bolaños, 85 anos, o criador dos personagens Chaves, Chapolim, Chesperito, Dr. Chapatin entre outros, faleceu hoje no México, de uma parada cardíaca.
O Chaves vai encontrar no céu alguns de seus queridos companheiros da vizinhança. <3
Para sempre te amaremos <3 pic.twitter.com/DuZ9K60MrN
— Fórum Chaves (@ForumChaves) 28 novembro 2014
É impressionante como Chaves foi - e ainda é - um mito mundial. Canais de comunicações de vários países da América Latina informam com um imenso pesar o falecimento. E no Brasil, a coisa não foi diferente. Portais importantes e de renome nacional, como o Uol, Folha de São Paulo, Estadão e até o G1, da toda poderosa Rede Globo deram um grande destaque ao ocorrido, inclusive com o perfil do Facebook da emissora carioca compartilhando um post da SBT, emissora rival e "casa" do Chaves no Brasil, prestando homenagem à Bolaños, mostrando uma postura humilde e merecedora de aplausos. Além de canais de jornalismo, outros grupos de diferentes ramos, como o Esporte Interativo, Revista Superinteressante, Omelete, Jovem Nerd, Ligados em Série e vários mais anunciaram tristemente o ocorrido. Muitas - e muitas MESMO - celebridades, em mensagens no Twitter, Instagram e/ou Facebook, também prestaram sua homenagem. É impressionante como perfis de diferentes "modalidades" - humorísticas, informativas, esportivas ou pessoais - comentam a morte do eterno Chesperito, e até os que são voltados para o humor respeitam a vida e a carreira dele e se negam a fazer alguma piada.
Podem dizer que eu estou querendo aproveitar o ocorrido e tentar "alguma fama", falando de um assunto em voga do momento. Não quero fama. Não faço esse post querendo ganhar algo. Faço esse post como um eterno fã, que quer demonstrar de alguma forma sua idolatria pelo seriado. Não vou dizer que estou triste como se tivesse perdido algum parente próximo, mas realmente fiquei triste. Confesso que chorei, meio que atônito, ainda como se não tivesse caído a ficha. Infelizmente, depois de tantas vezes tentarem "matar" Roberto Gómez Bolaños, essa realmente foi verdade.
Quem me conhece sabe o quanto sou fã de Chaves. Tenho camisas de Chaves, Chapolim e Seu Madruga, pelúcias de Chaves e Chapolim, além do jogo "Chaves Kart" pro XBOX. Sem contar que vivo repetindo bordões famosos em algumas oportunidades. Sempre que posso assisto algum episódio, mesmo sabendo de cor e salteado todas as falas e ações. Um cara que, com um humor simples, sem apelar nas piadas, conseguiu divertir gente de todas as nacionalidades, idades e classes. Singelamente, conseguiu passar lições valiosas, sobre humildade, pureza, esperança, amizade e amor ao próximo, até mesmo aos seus "inimigos". Se eu pudesser mandar alguma mensagem para ele, agradeceria por todos os episódios memoráveis e por me divertir por muito tempo da minha infância/adolescência/fase adulta.
Uma das coisas que mais me emocionei sobre Chaves é esse vídeo do canal Anos Incríveis, fã declarado do seriado, visitando a casa de Roberto e mostrando que ele é como Chaves: simples, humilde e capaz de emocionar todos com um gesto muito singelo. O vídeo é um pouco longo, mas vale a pena.
Vai com Deus, Bolanõs. Parabéns pela carreira brilhante e por levar alegria a muita gente conhecida. E acho que se ele tivesse que dar uma mensagem para todos seus fãs antes da sua morte, ele não daria adeus. Daria um "Boa noite, vizinhança."
"Prometemos despedirmos-nos
Sem dizer adeus jamais
Pois haveremos de nos reunirmos
Muitas, muitas vezes mais!"... http://t.co/StFVU3RJTr
— Fórum Chaves (@ForumChaves) 28 novembro 2014
UPDATE:
Tou colocando aqui o vídeo do especial que a SBT fez, de 15 minutos, em homenagem ao mestre Bolaños. Tá realmente emocionante, de tocar fundo mesmo o coração de cada um, especialmente dos fãs.
Até que enfim, domingo teremos o tão aguardado segundo turno da eleição presidencial. Nesse tempo, e especialmente nesse período entre os dois turnos, muito se discutiu, debateu, fez carreata, musiquinha, vídeo etc., e enfim, escolheremos quem será o presidente do país pelos próximos 4 anos. Com certeza, essas eleições foram as eleições da informatização e rapidez da informação. No instante da notícia, várias pessoas já comentavam a respeito dela, expressando sua opinião sobre a verdade ou a inverdade do fato exposto. Passeatas, grupos de debates e afins ganharam força com o advento das redes sociais, o que por um lado é bom, pois mobiliza mais pessoas para o debate.
Por outro lado, esse período é bem oportuno para o aparecimento de "figurões", "aparícios"... gente querendo se promover. Ou pior, pregar a falta de respeito não só com o candidato adversário, mas também com aqueles que o seguem. Acabei de ver um vídeo do Cauê Moura, do Desce a Letra, no qual ele foi bem feliz em usar uma expressão: Essa foi a eleição do ódio. Comentei isso no meu post anterior e novamente falo que o que mais vejo são ataques de um lado para o outro ao invés de propostas. Debates na TV viraram algo parecido como acontecia na Roma antiga, onde gladiadores lutavam até a morte em arenas lotadas de gente sedentas por carnificina. A diferença é que agora, as armas usadas são palavras e notícias - uma fundamentadas em baboseiras, outras não -, e a luta vai até o tempo da sua resposta/réplica/tréplica acabar. Se bem que em São Paulo até que o pessoal chegou perto do que realmente eram os duelos entre gladiadores...
É muito fácil abrir a boca para acusar o candidato A ou B de corrupto. Gente que fala que "vou votar em Dilma porque Aécio é cheirador de pó" ou "vou votar em Aécio porque Dilma é uma vaca que nem sabe falar direito" só incita mais ainda esse ódio da população por um deles. Infelizmente, não sei se por causa disso ou do por causa do próprio discurso dos candidatos vistos nos programas e debates realizados, esse termina sendo o principal motivo pelo qual alguns brasileiros escolheram seus candidatos: "Voto em Fulano porque não voto em Cicrano." Não, bixo... não! Tá tudo errado, a começar pela intolerância política! Não sou obrigado a aceitar o que pessoas que pensam diferente de mim tem a dizer; mas as ouço e respeito-as. Política não deve ser encarada como "Jogos Vorazes", como uma briga ou uma discussão que, se não for controlada, pode chegar a acabar com uma amizade ou, pelo menos, mudar a visão que você tem de determinada pessoa. Devemos ser mais tolerantes, aceitar aquilo que é diferente de você com respeito. No fim das contas, tudo termina voltando à história do preconceito, que desde que o mundo é mundo é discutida.
Não vou dizer que não devemos olhar pro passado pra escolher nosso representante em Brasília, afinal - e talvez, infelizmente - a primeira impressão é a que fica. Mas alie isso ao que os candidatos prometem e analisem se é possível cumprir o que dizem. E, por favor, não diga que vai votar em Fulano porque Cicrano é corrupto. Tanto Dilma quanto Aécio são corruptos. Robinson e Henrique também. Até você que está lendo esse post e eu que estou escrevendo somos corruptos. A corrupção não é só aquela que existe na política; ela é mais que isso. É você furar uma fila, não devolver o troco que veio a mais ou não avisar que está faltando algo na sua conta, estacionar em local proibido ou que é próprio para outras pessoas com a desculpa de que "é rapidinho, venho já"... enfim, é você que tira proveito de alguma coisa em detrimento a outra pessoa/coisa. A corrupção é algo intrínseca do ser humano: ele foi, ele é ou ele ainda será corrupto um dia.
Enfim... espero que tudo ocorra bem, que amizades não se acabem por causa de política e que a partir de terça-feira falemos bem menos sobre isso. E, seu candidato ganhando ou perdendo, o que importa é que pelos próximos 4 anos teremos que aguentá-lo, quer você queira ou não. Por isso, ao invés de desacreditar no país, continue torcendo e agindo para que ele prossiga se desenvolvendo. Depois de domingo, poderemos voltar à debater questões mais importantes que envolvem escolhas e preferências, do tipo XBOX x Playstation, Marvel x DC ou Fifa x PES.
(À propósito, fico com os três primeiros de cada embate...)
Ultimamente, o que mais tenho acompanhado em grupos de Whatsapp, facebook e encontros pessoais é discussão sobre política. Não digo no sentido de "debate", de conversa decente; e sim no sentido de brigas mesmo, de gente deturpando fatos, radicalizando, expressando sua opinião sem estar fundamentado em algo, xingando uma pessoa que, num outro contexto, não mereceria ser xingada assim... enfim. Gente que trata campanha eleitoral como uma briga quase que sendo levada para o pessoal, uma guerra.
Não gosto de discutir política, e se quiserem me chamar de "apolítico" ou "sem opinião", podem chamar mesmo; liguei o "foda-se" pra isso e pronto. Tenho meus ideais políticos, respeito quem não compartilha dos meus ideais (afinal, se o mundo todo fosse igual não teria a menor graça), escolhi (no meu ver, é claro) com consciência meus candidatos e já vi algumas propostas dos que ainda disputam os cargos eletivos, e acho que Google, internet e tudo mais tá aí pra que todo mundo possa pesquisar e fazer a sua escolha; só precisam SABER ONDE PESQUISAR: tem muito canto aí que inventa notícia falsa só pra denegrir a imagem de A ou B. Mas, independentemente da sua decisão para o segundo turno, dia 26/10, escolha com consciência, baseado em propostas do seu candidato.
Entre outras coisas que podemos nos ocupar com Outubro e esquecer um pouco essa guerra, temos o Outubro Rosa. Durante todo o mês, é feita uma campanha maior de conscientização da prevenção contra o câncer de mama. Propagandas em TV, jornais, redes sociais e etc. aparecem aos montes. Até no âmbito esportivo há essa campanha. A NFL - National League Football, liga de futebol americano dos Estados Unidos - dedica apoio à campanha durante o mês de outubro, mostrando o símbolo da campanha - um laço rosa, que acho que todo mundo já deve ter visto - nas suas transmissões. Além disso, as equipes usam - o uso era obrigatório até a temporada passada, nessa é facultativo - alguma peça rosa em seus uniformes.
Quem me conhece sabe que tenho uma história com câncer na família. Ele levou meu pai, meu tio e já afetou outros parentes meus. Sempre quando vejo uma história de superação ou de luta contra essa doença, me emociono. Uma dessas foi ontem, durante o jogo entre New England Patriots X Cincinnati Bengals, pela NFL. Devon Still, jogador dos Bengals, viu o time rival daquela noite homenagear sua filha que luta contra um câncer, colocando para tocar no estádio uma música que foi feita para ela, enquanto as cheerleaders dos Patriots usavam a camisa com o número de Devon.
(Juro que procurei o vídeo com o momento da homenagem e não achei. O máximo que
consegui foi um áudio que parecia ser do Google Translate com fotos rolando durante ele,
que não consegui inserir na postagem, mas deixo o link para o vídeo aqui.)
Mas não é só no futebol americano que homenagens assim ocorrem. Em outros esportes, vemos gestos de equipes que nos fazem acreditar que esporte não é só racismo, como já comentei anteriormente. Em julho, Xander Bailey , adolescente de 18 anos que teve o sonho de se tornar jogador de futebol interrompido pela sua luta contra uma fibrose cística, doença que hereditária que costuma causar debilitações progressivas e a levar à morte prematura, entrou em campo pelo Seattle Sounders, time de futebol - esse, o com os pés mesmo, o soccer deles - de lá, num amistoso contra o inglês Tottenham. Mas não só entrou em campo: ele participou da concentração, teve uniforme perfilado com os dos outros atletas do time no vestiário - com direito a plaquinha com seu nome e tudo -, aqueceu com o time antes da partida e teve seu nome cantado e exaltado por todos os 55 mil torcedores que lá estavam. É de arrepiar.
Outro que passou por uma experiência parecida, mas talvez nem imagine o tamanho de sua emoção, foi o pequeno JP Gibson, de apenas 5 anos de idade. Lutando contra o câncer, JP assinou um contrato de 1 dia com o Utah Jazz, clube de basquete da NBA. Logo depois, entrou em quadra pela equipe numa partida de pré-temporada, "driblou" meio time adversário e ainda conseguiu fazer uma enterrada - com alguma ajuda, mas quem se importa? -, para depois ser aplaudido por todo o público que ali estava.
(Achei um vídeo com qualidade um pouco melhor, mas não consegui inserir
O pequeno Gibson talvez não tenha a noção de o quanto isso é gratificante. Mas saber que sua luta contra uma doença grave é um fato de importância para os outros é algo que nos deixa felizes e pensando que num mundo onde vemos tantas brigas e sofrimento, ainda há espaço para colocar um sorriso e/ou uma lágrima de emoção no rosto das pessoas. São coisas como essa que me fazem ver como o esporte pode ser algo fantástico e sensacional.
Sei que faz tempo que não venho aqui. Mas eu, como grande fã de toda saga CDZ, tive que comentar o que achei dele. Sim, eu já o vi!! Hahaha!
Meu conceito é:
Desde que "Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário" foi anunciado, ouvi entre fãs do anime muitas divergências sobre esse filme. De um lado, gente achando o design das armaduras muito bom e ansioso para ver Seiya e cia. em uma animação 3D; enquanto do outro, gente reclamando que não dá para pegar os 32 episódios da saga das Doze Casas e resumir bem em 93 minutos de filme. Enfim, dentre essa "disputa" de opiniões, vou dar minha opinião sobre o filme. E juro que não vou spoilar!!
"Mas o filme só não estréia dia 11/09?" Sim, meus amigos. A estréia nacional dele será amanhã, quinta-feira. Mas graças a uma parceria entre a Diamond Films Brasil, o Cinemark e o pessoal do SAGA Entretenimento, participei de uma promoção via facebook e fui um dos 88 escolhidos para assistir uma première do filme ontem, terça-feira (09/09), no Cinemark Natal. Inclusive com direito à pipoca e refrigerante de graça e um pocket show da banda Saigo Ni, com algumas músicas que marcaram época do anime, antes da exibição do longa.
Claro que eu estava devidamente trajado para a ocasião.
(Montanaro veste: Chico Rei)
Mas enfim, vamos ao filme! Os primeiros minutos do filme são simplesmente ESPETACULARES. O visual, as tomadas de cena, a ação contida neles... É realmente pra ficar boquiaberto, espantado com o quanto é muito boa aquela primeira meia hora. As batalhas, em sua maioria, são muito bem coreografadas, dá pra ver desde a primeira luta que os cavaleiros de ouro tem um poder muito maior do que os de bronze. Além disso, alguns golpes estão muito bem feitos, pra você gritar de êxtase quando estes são aplicados.
A dublagem - sim, a sessão foi dublada - está impecável. Como era de conhecimento de todos que acompanharam cada notícia revelada sobre o filme, o elenco da dublagem brasileira foi o original que conhecemos (Hermes Barolli como Seiya, Élcio Sodré como Shiryu, Francisco Bretas como Hyoga e cia.), tanto para os bronze boys como para os cavaleiros de ouro. Vale ressaltar que muito se esperava sobre a voz de Camus de Aquário, cujo dublador "clássico" faleceu no final do ano passado. Pois bem, ela está quase idêntica. Parabéns à Fábio Lucindo, escolhido para substituir Valter Santos, pelo ótimo trabalho.
A história foi um pouco alterada em relação à original, mas nada que me fizesse dar um ponto negativo para o filme por causa disso. Também ocorreram mudanças nas batalhas em si, alterando os participantes de algumas - coisa que já havia sido divulgada a um tempinho já -, mas também não me afetou negativamente. Outro elogio que posso fazer é sobre o humor contido no filme, algo não muito visto no anime. Piadas colocadas em momentos certos, não sendo introduzidas ali forçadamente, e algumas intrínsecas, que só quem acompanhou o desenho irá entender.
Entretanto, vamos aos pontos negativos do longa; que no fim das contas, derivam apenas de um motivo: o fato da história ser contada bem rapidamente. Acho que qualquer pessoa em sã consciência esperaria alguns cortes desse filme em relação à saga clássica. De fato, a apresentação da história como um todo é bem rápida. Não daria para desenvolver bem cada personagem ali, o que de fato não ocorreu. Todos da sala de fato já conheciam as personalidades de Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun, Ikki e Saori, então não se deram muito ao trabalho de desenvolvê-los, o que pode ser estranho para um espectador que nunca viu CDZ na vida.
Mas os pontos fracos mais notórios são mesmo quando eles começam a subida pelas 12 casas. Mesmo você abrindo a mente para ver esse filme, dá um pouco de raiva em alguns momentos pela rapidez como as coisas fluem. Tem momentos que você fica achando que faltou "um pouco mais", e confesso que faz um pouco de falta aquele "discurso dramático" meio que clássico no desfecho de cada luta e uma boa trilha sonora, o que era uma marca registrada do anime. Já outras coisas estão ali meramente por estar, podiam até serem retiradas que não fariam falta. Algumas até um tanto espalhafatosas e vergonhosas, dignas de um musical da Disney, e não de Cavaleiros do Zodíaco.
Enfim... Basicamente esses foram os motivos que me impediram de dar cinco estrelas para o filme. Mas ao me perguntarem se eu recomendo verem o filme, minha resposta é SIM. Você, que assim como eu cresceu acompanhando o anime pelos 20 anos de exibição aqui no Brasil, imitando os golpes, dizendo-os em alto e bom som e brincando com seus amigos na rua ou na escola, vá ao cinema. Mas vá ao cinema de mente aberta, pronto pra receber algumas mudanças de roteiro. E divirta-se. Se puder, leve alguém que nunca teve contato com Cavaleiros do Zodíaco (seu filho, por exemplo) para assistir contigo. Mas antes, de preferência, faça um breve resumo da obra, especialmente sobre cada cavaleiro e suas características. Acho que quem não conhece irá gostar, e quem já conhece - caso se livre de todos os preconceitos - irá gostar mais ainda, só pela nostalgia que dá.
~~~~~ UPDATE ~~~~~
Tou colocando AQUI o vídeo feito pelo Saga Entretenimento sobre a pré-estréia do filme terça-feira! Detalhe pra minha aparição, a qual a câmera até sai da velocidade acelerada e vai pra normal só pra me filmar! ehauheauheauhaeueah!
Enfim, a estréia é hoje... então vão ao cinema e aproveitem!
Passada mais de uma semana do fim da Copa do Mundo, o Brasil que fala futebol só se debate praticamente uma coisa: o que se deve fazer para nosso futebol ser considerado um dos melhores do mundo. Para isso, muito se foi debatido em programas esportivos, conferências, rodas de amigos e mesas de bar. Técnico nacional, estrangeiro ou extraterrestre, o importante é que se trabalhe não só a seleção principal, mas também as de base, assim como os clubes, que são os grandes celeiros de craques do futuro.
Para isso, até a comissão que era dita "permanente" da seleção, como o médico José Runco e o diretor de comunicação Rodrigo Paiva, estes os quais estavam a mais ou menos 15 anos na CBF, foram colocados para fora. Gilmar Rinaldi, ex-goleiro do Flamengo, São Paulo e seleção, foi colocado como coordenador-geral de seleções. Um nome pra lá de questionado, visto que a única experiência como dirigente de futebol foi uma fracassada passagem pelo Flamengo, o qual criou briga com Romário, estrela do time na época, a qual alastra um rancor até hoje do baixinho. Um nome que foi citado e seria uma boa para tal cargo é o de Leonardo, que foi dirigente na Itália e na França, conhece futebol europeu e poderia ser de mais utilidade ao esquete brasileiro.
E agora, o nome para comandar o Brasil nos próximos anos, o novo técnico da seleção é... Dunga.
É... não é lá o nome que esperávamos.
Não creio que Dunga é o nome certo pra tão sonhada e falada "renovação". Nesses 4 anos entre uma passagem e outra pelo comando do Brasil, não sei se ele estudou sobre ser técnico, sobre treinamentos, táticas, estilos de jogo, jogadas ensaiadas e outros requisitos básicos para ser técnico de futebol. Contra ele, ainda também temos o fato de sua teimosia, de ter seu "grupo fechado" entre a Copa das Confederações de 2009 e a Copa do Mundo de 2010. Com isso, deixou de fora nomes que despontavam no cenário nacional, como PH Ganso e Neymar, que eram quase que unanimidade na boca dos brasileiros para a Copa daquele ano, para levar jogadores como Grafite, Josué e Kléberson, que pouco contribuíram para a seleção naquele ano.
Mas se pararmos para pensar bem, seu trabalho não foi de todo mal. Em 2007, ganhou uma Copa América com um time que todo mundo achava mediano, e metendo na final um 3x0 em cima de uma Argentina que vinha sendo considerada o "bicho-papão" da época. Lembro que vi esse jogo com alguns amigos, no antigo Chicken-In, na Prudente de Moraes. De umas 7 a 10 pessoas que lá estavam, apenas UMA tinha colocado vitória do Brasil num bolão que fizemos.
Em 2008, ele falhou nas Olimpíadas, ok. Mas vamos parar um pouco e analisar a situação: Até chegar na semifinal, o Brasil não havia tomado gol. Nas semi, um confronto com a Argentina, a qual tinha uma geração bem melhor que a nossa. Para termos uma noção, pesquisei e vou colocar os 18 convocados do Brasil e da Argentina das Olimpíadas de 2008 e os 23 da Copa do Mundo desse ano:
Temos 9 campeões olímpicos pela albiceleste que foram pro mundial, contra apenas 5 medalhistas de bronze brasileiros. Pra piorar a comparação, essas eram as escalações de Brasil x Argentina na semifinal das Olimpíadas, e em negrito, destaquei os jogadores que foram titulares em pelo menos 3 dos 7 jogos que cada seleção fez na Copa desse ano:
ARGENTINA: Romero; Garay, Monzon, Zabaleta e Pareja; Gago, Mascherano, Di Maria e Riquelme (Sosa); Messi e Agüero.
BRASIL: Renan; Rafinha, Alex Silva, Breno e Marcelo; Lucas, Hernanes (Thiago Neves), Anderson e Diego (Jô); Ronaldinho Gaúcho e Rafael Sóbis (Alexandre Pato).
Ou seja, dos 5 brasileiros que estavam nas duas seleções, só 2 vingaram mesmo como titulares na Copa do Mundo. Já na Argentina, dos 9 hermanos, 8 foram titulares, e talvez só não teve todos titulares porque Agüero e Lavezzi são da mesma posição. Ele tem uma parcela de culpa na convocação, mas acho que não precisamos de mais fatos pra comprovar que a safra portenha de jovens jogadores era de fato melhor que a nossa.
Em 2009, obtemos a classificação para o Mundial de 2010 com estilo: metendo um 3x1 na Argentina - praticamente uma freguesa na "Era Dunga" -, em plena Rosário, num estádio estilo "caldeirão", com a torcida bem perto do gramado. Sem contar que além de afundar nossos hermanos, foi a classificação mais antecipada do país para um Mundial, com 3 rodadas de antecedência.
E não esqueçamos da Copa das Confederações, a qual o time jogou bem, inclusive metendo um sonoro 3x0 na Itália, construído ainda no primeiro tempo, e uma virada extraordinária na final contra os EUA. Mas como Copa das Confederações sempre engana a seleção campeã, ou no mínimo pode ser considerada como "pé-frio"...
Daí veio a Copa do Mundo de 2010, e todos sabem o que aconteceu. Algumas boas apresentações, principalmente diante o Chile. Mas o problema consistia no banco de reservas, o qual não tínhamos. Tínhamos um bom time titular, com o trio Kaká, Robinho e Luís Fabiano inspirado e entrosado desde as eliminatórias. Mas quando precisava-se de uma peça de reposição, não tinha. Se pararmos pra pensar, o jogo contra Holanda foi ruim sim, mas temos que dar méritos pra Laranja também, que tinha uma ótima geração (Sneijder, Van der Vaart., Van Bommel, Van Bronckhorst, Robben etc.).
Bem, Dunga não é lá das melhores opções. Ele não significa renovação e talvez continue o mesmo teimoso que demonstrou ser. Mas Dunga tem o estilo "linha dura", sabe levar com pulso firme uma seleção. Afinal, ele já chamou Alex Escobar de "cagão de merda" e barrou a entrada de Fátima Bernardes na concentração. Ou seja, ele tem peito pra bater com a Globo, esse grande paradoxo que cobra treinamentos do time, mas visita tanto a seleção com seus programas - Encontro, Caldeirão do Huck, Esquenta e afins - que mal o deixa treinar. E a Globo não esconde que não gosta dele. Mas quem disse que ele liga pra isso? Isso, no meu ver, é um ponto positivo do gaúcho.
O que podemos esperar é que o "novo velho" técnico consiga "blindar" a seleção como fez antes, que tenha aprendido com os erros de 2010, e consiga comandar a seleção de uma forma digna, que faça jus à toda nossa história no futebol. Não creio que Dunga seja a melhor da opção de treinador do Brasil; mas ele, com certeza, não é a pior delas. Longe disso, tem possibilidade de fazer um bom trabalho. Sucesso, Dunga.
É muito fácil cantar "sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor" num pré-jogo, ou no começo do jogo. É muito fácil cantar o hino todo à capela, berrando a plenos pulmões. Mas e agora, depois do Brasil tomar 7 x 1... cadê seu patriotismo? Por que ficar fazendo baderna na rua e queimando bandeira agora? Deixou de ser brasileiro por causa de uma derrota? Vai deixar de ser brasileiro agora?
Desde o começo da preparação, eu comento: a preparação do Brasil é horrível! Um dia é Luciano Huck visitando a Granja Comary. No outro, o pessoal do Esquenta. No outro, Ana Maria Braga. Toda semana tinha uma "invasão global" no CT. Todos repórteres que acompanhavam as seleções diziam que o Brasil treinava pouco se comparado a outras grandes potências do futebol, como a Alemanha. E isso é visto nos jogos. Em nenhum jogo o Brasil jogou bem, é só parar para analisar. Chegamos nas semifinais mais pela raça do que pelo conjunto técnico/tático mesmo. Chegamos numa disputa de pênaltis que o CAPITÃO DA EQUIPE não quis nem ver, muito menos apoiar os batedores escolhidos. Perdemos, por lesão, o melhor jogador do time, o qual talvez fosse nossa única jogada de ataque durante a Copa do Mundo. Insistiu-se num centroavante que não chutava, não passava, não fazia nada; estava lá como um espectador muito privilegiado. Não tínhamos tática, não tínhamos liderança, não tínhamos foco.
A Alemanha, por sua vez, desde o começo da Copa, de acordo com Gustavo Hoffman, jornalista da ESPN Brasil e que acompanhou a seleção germânica desde antes dela chegar no Brasil para a Copa, só teve UMA folga em todo esse tempo. O foco era total no torneio, foco em ganhar. Coisa que nossa seleção, no meu ver, não teve. Ninguém parece lembrar que do outro lado tem uma seleção tri-campeã mundial, com talvez uma das melhores gerações da sua história. Uma seleção muito obediente taticamente, com a base titular toda jogando junta num mesmo time, e que sua base de um modo geral vem desde a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010.
Mas nem por isso, nem se o Brasil perdesse por 18 x 0, iria deixar de torcer. Seleção de futebol, vôlei, basquete, ping pong, peteca... Uma coisa é você ficar puto, xingar jogador A, B, C, ..., Z, o técnico e até o roupeiro; outra coisa é você esquecer todo o patriotismo que você mostrou nesse último mês por causa de um 7 x 1. É vergonhoso? É, claro. Mas como PVC, outro jornalista da ESPN Brasil, diz: "um time vencedor se faz com cicatrizes." Essa cicatriz foi feita com força, é uma cicatriz grande, feia e que vai demorar muito pra fechar. Mas um dia, fecha. Um dia, tudo isso vai ser levado mais a sério. Tudo tem seu recomeço, e a hora de recomeçar todo um projeto é agora.