sexta-feira, 30 de maio de 2014

O que eu achei de: GODZILLA

Vi o filme no domingo, dia 25/05. Tou escrevendo esse post dia 28/05 e publicando-o dia 30/05. E ainda estou perplexo de como o filme é tão FODA!




Meu conceito é:

Pra quem não conhece, Godzilla é um monstro japonês criado a partir de uma explosão nuclear no Japão. Foi uma clara alusão às bombas de Hiroshima e Nagasaki, lançadas lá durante a Segunda Guerra Mundial, criando assim um monstro gigante, que é uma mistura de dinossauros variados – parece uma mistura de Tiranossauro Rex com Estegossauro - e ainda solta um raio atômico pela boca. Só os japoneses mesmo para criar algo tão legal! 

Godzilla no seu primeiro longa, de 1954 (sim, é um sessentão)
De lá pra cá, o visual dele mudou um pouco, como podem ver nesse vídeo:


Notaram um som de disco arranhado no Godzilla de 1998? Sim, pois é... vou abrir um parenteses aqui pra falar sobre isso: aquilo ali NÃO É O GODZILLA! A TriStar Pictures vendeu o filme como sendo do Godzilla, mas não é! Vamos aos fatos:

- Aquilo é uma iguana gigante, criada oriunda de um teste nuclear na Polinésia Francesa;
- Ele não tem o raio atômico;
- E por fim... ele MORRE NO FIM! Godzilla é “inmorrível!” O nome "GODzilla" faz referência justamente a isso, ele é quase um Deus!

Isso NÃO É o Godzilla!!
Você pode até achar o filme bom, ter gostado da história, dos atores, enfim... mas ponha na cabeça que aquile monstro não é o Godzilla. A Toho, empresa japonesa que produziu a primeira aparição do "Rei Dos Monstros", ODIOU O FILME! Ele foi tão zoado, mas TÃO ZOADO, que a produtora oriental o chamou apenas de ZILLA, justamente para diferenciar um do outro! Sem contar que ele também foi zoado em desenhos, quadrinhos e filmes posteriores. 



Foi tipo um: "EI... NÃO SE MISTURA NÃO QUE EU NÃO SOU TUAS NEGA!"

Pra não dizer que só estou falando mal dele, eis o único legado que eu gostei do filme de 1998:



Bem, mas vamos fechar os parenteses e voltar ao foco do post, que é o filme de 2014. Ouvi muita gente comentando que o filme não é tão bom quanto parece ser. Livrando-se de todos os comentários negativos que tinha ouvido dele, fui vê-lo domingo a tarde sozinho, pois minha digníssima estava ocupada com coisas da faculdade. Poucas pessoas na sala - 6 ou 7, para ser um pouco mais preciso - era sinônimo de calmaria durante o filme e concentração quase que total. E que filme... QUE FILME, meus amigos. A narrativa toda encaixadinha, personagens que não "tomam para si" todos os holofotes do filme, nem mesmo Bryan Cranston, o sr. White de Breaking MOTHAFUCKIN Bad pode ser considerado o astro desse longa. O astro, de fato, é o Godzilla. 
Não quero soltar spoilers do filme, mas pelo trailer deu pra perceber que há um outro monstro lá. E é isso que torna Godzilla mais atrativo, pois remete à história de Godzilla. O Rei dos Monstros não é apenas um monstro que sai por aí quebrando geral e destruindo cidades sem um motivo aparente. O que eu acho o legal de Godzilla é que ele nos deixa em dúvida do que ele realmente é, se é um vilão ou um herói. Ele combate outros monstros e tem seus aliados e iminigos, como por exemplo:

Mothra
Ronda
Anguirus
E as cenas de luta nesse filme são FODAS! Muito bem feitas, algumas meio que "apenas de relance", mostrando apenas a cidade aos cacos depois, dando a você a ideia do quão dura foi a batalha.  

O fato dele demorar a aparecer não me chateou no longa, justamente por toda essa "preparação" que o filme faz. No momento que ele aparece, todos os holofotes são voltados para ele, e os humanos são meio que meros coadjuvantes. E apesar da imprensa japonesa dizer que ele está gordo, isso pouco importa. A pele, os movimentos, o rugido, o raio e a preparação para soltá-lo... tudo ficou beirando a perfeição. E o final também foi muito bom no meu ver, direto, sem ladainhas... mostra bem o que o filme quis dizer.

Se você quer ver um bom reboot de um ícone do cinema, com muita ação, destruição em massa e tensão, assista Godzilla. Livre-se da imagem daquela iguana gigante de 1998 e vá ao cinema pra ver o real Rei dos Monstros.

UPDATE DE ÚLTIMA HORA - 05/06/2014

Vale a pena dar uma sacada no Nerdologia sobre a biologia do Godzilla! E depois, dar uma sacada no canal todo, que é muito legal!!


terça-feira, 27 de maio de 2014

O que eu achei de: COMMUNITY

Tava pensando em novas ideias para o blog, daí pensei em tecer comentários sobre os filmes que assisti ultimamente, coisa que fazia em um antigo grupo o qual eu participava. Porém, não apenas com filmes, pretendo fazer com séries também, outra das minhas paixões. Então, vamos lá!

Ah... desculpem o logo tosco... foi o que consegui inventar! =P
Pra começar, vou falar de uma série que, sinceramente, não me empolgou tanto no começo; mas quando comecei a reparar melhor nela, virei fã de fato:



Meu conceito é:

Community conta a história do advogado Jeff Winger (vivido pelo ótimo Joel McHale, do The Soup), que teve seu diploma invalidado pela Ordem dos Advogados, e por isso teve que voltar para uma universidade comunitária, (tipo uma universidade para losers nos EUA) para tentar reavê-lo. Escolheu Greendale, e lá entrou num grupo de estudo de espanhol, com o único propósito de pegar Britta (Gillian Jacobs). Além dela, faziam parte do grupo Abed (Danny Pudi), Annie (Alison Brie), Shirley (Yvette Nicole Brown), Troy (Donald Glover) e Pierce (Chevy Chase - sim, AQUELE Chevy Chase que todo ano tinha férias frustradas...). Após algum tempo, o foco sobre a vontade de Jeff de ficar com Britta foi posto de lado, passando assim a outras tramas poderem ser desenvolvidas durante a história. Além dos 7 estudantes, temos também o ótimo reitor Pelton (interpretado por Jim Rash) e Chang (Ken Jeong).

Mas não pensem que Community, por se passar em uma universidade, é uma série dessas que são focadas em relacionamentos, decepções, intrigas ou outras coisas dessas séries, digamos, mais voltadas para o público adolescente. Ela tem algo que poucas séries tem hoje em dia, e foi isso que me fez virar fã dela: referências da cultura pop/nerd atual.

Pra se ter uma ideia, no primeiro episódio, Abed faz uma citação de Clube dos Cinco, um dos filmes ícones da geração oitentista:




Durante a série, outros ícones da cultura pop/nerd foram homenageados pela série, com episódios temáticos, modificando até a sua abertura, adaptando-a de acordo com o/a homenageado/a. Exemplos:

Star Wars

Law & Order

Dungeons & Dragons

Faroeste


Entre outros episódios temáticos, como Jogos Vorazes, Resident Evil, Glee, Muppets, Videogames de 8 bits, Beetlejuice (que é muito sutil, dura quase três temporadas e você tem que estar bem atento para perceber, mas é a mais bem bolada de todas) entre outras. Isso rende alguns episódios bem épicos para a série, que você pode conferir alguns deles nessa lista aqui!

Infelizmente, a série teve vários problemas durante sua vida. Primeiro a NBC decidiu retirar o criador-produtor Dan Harmon, a mente brilhante por trás de Community, da produção após o fim da terceira temporada, e em seguida foi Chevy Chase que abandonou a barca durante a quarta temporada pro problemas salariais. Para a quinta, Dan Harmon voltou, entretanto Donald Glover decidiu abandoná-la para se dedicar ao seu projeto de cantor. Pra completar a crise e a burrada da NBC de vez, foi anunciado nesse mês que o seriado teria sido cancelado, mas que pelo menos a Sony estaria procurando um "novo lar" para ela. Quem sabe a Netflix, que já reviveu Arrested Development - uma das boas séries de comédia que eu já vi - não "adota" Jeff, Annie, Britta e cia. para a #sixseasonsandamovie, citada por Abed como mais uma referência, não sai?

Enfim, apesar da baixa audiência, Community é a série mais nerd que eu conheço. E me desculpem os fãs de The Big Bang Theory, mas SIM, Community é mais nerd que TBBT, e inclusive tem um elenco bem melhor e mais diversificado, na minha opinião. Apesar da série de Chuck Lorre ter uma maior audiência visibilidade na mídia, ela explora um já caricato e antigo esteriótipo nerd, escrachando-o para o público; não é apenas mostrarem fãs de Star Trek ou PhD's em Física que falam sobre seu trabalho que é o suficiente para considerar uma série como sendo nerd. São nerds vivendo num ambiente normal, convivendo com coisas cotidianas, mostrando mais ou menos a sua forma de enfrentar as coisas. Já em Community, são pessoas comuns - um ex-advogado, uma religiosa, uma ex-viciada que sofria nos tempos de escola, um popular ex-atleta de escola, uma militante política (ou quase isso), um estudante muçulmano e um velho magnata - vivendo em um ambiente que a cada episódio, dá ao espectador uma referência de algo nerd. Não é preciso estampar a expressão "REFERÊNCIA NERD" a cada cena, explicando-a detalhadamente como a turma de Sheldon faz; ela instiga o espectador para que vá atrás daquela referência. Big Bang mostra nerdices, Community RESPIRA nerdices. Quer exemplo melhor do que os episódios sobre Dungeons & Dragons? Em TBBT, um dos episódios mostra os personagens jogando D&D. Já em Community, o episódio É o jogo: a abertura, as tomadas de câmera, a trilha sonora... tudo muito bem casado, num dos melhores episódios da série.

Talvez seja por isso que Community teve uma audiência baixa: não é uma série para "qualquer um". Além de não ter aquelas "risadas enlatadas" que algumas sitcoms tem, quem tá passando de canal em canal, para em Community e começa a assisti-la,  pode achar um tanto sem graça os episódios, justamente por não entender muito do que é mostrado ali. Ela compromete sua audiência por causa dessas referências intrínsecas, não  durante os pouco mais de 20 minutos que é exibida, explicando assim seu cancelamento. Mas quem gosta da série apenas não "gosta", é quase um culto à cada episódio, admirando cada referência que faz. Torço muito pra que Community volte a ser produzida, seja lá onde for. E quem sabe o filme também, para coroar como uma ótima série. Ora, se Sex And The City conseguiu... por que não Community?

UPDATE DE ÚLTIMA HORA - 29/05/2014!!

Parece que as preces dos fãs foram ouvidas: o Hulu (provedor de conteúdo online, estilo Netflix) está negociando com a Sony para produzir a tão aguardada sexta temporada de Community!! De acordo com a matéria, a Sony está de acordo, só esperando carta branca de Dan Harmon para tal!! Agora é só esperar e torcer!! 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Sobre preconceito (de novo)...

Bem, é o terceiro post sobre preconceito que faço, e talvez o que mais me chamou a atenção pelo "preconceito enrustido" do povo aqui de Natal. Desde quinta-feira a noite rola nas redes sociais o vídeo que Fábio Porchat fala que Natal só tem mulher feia. Com isso, surgiu uma nova onda de "odiadores de Fábio Porchat", falando mal, dizendo que nunca foi bom, xingando-o e pedindo para boicotarmos seu show, dia 22 próximo agora.

Gente, cá pra nós... APOSTO que se ele usasse qualquer outra cidade, a maior parte do povo estaria rindo e não teria esse rebuliço todo. Se quando mexem com os outros você acha graça, por que ficar puto quando mexem com você? Você pode até não gostar desse estilo de humor que faz chacota com alguns rótulos da sociedade; mas se você ri de piadas assim e não riu dessa de Fábio, isso é preconceito SIM, apresentado meio que "às avessas": sem ofensas, e sim com risos. Ou vai dizer que você nunca riu ou esboçou uma risada quando dizem que:

=> Mossoroense é matuto e/ou burro.
=> Português é burro;
=> Gaúcho é gay;
=> Baiano é preguiçoso;
=> Cearense tem a "cabeça-chata";
=> Carioca é malandro;
=> O Acre não existe;
=> Manaura vive no meio do mato; 
=> Fora piadas com mulher, bêbado, padre, criança, idoso... entre outros.


Pra completar, vem um certo BloG dizer por aí que não é hipócrita de dizer que nunca riu com Zé Lezim, Espanta Jesus e outros que fazem piadas com as conotações supracitadas; mas diferentemente de Porchat, eles usam o humor contado em cima de “causos”, “estorias” e “lendas”. Sinceramente, para um blog que se diz o "mais acessado do RN", achar que Fábio Porchat não usa "causos", "lendas" em suas esquetes é coisa de criança, de quem não sabe o que tá falando. Era melhor ter ficado no "hipócrita" do que ser taxado de um " falso ingênuo", pois é o que parece, ao demonstrar que quer "tirar o seu da reta". Assim como Zé Lezim e Espanta, Porchat e vários outros comediantes de Stand Up também escrevem roteiro, criam "estórias", "causos" e "lendas". Nenhum deles, no meio do show, pensa: "Huuum... Deixa eu ver um assunto pra falar agora... Ah, já sei! Vou falar sobre a feiúra do povo potiguar!" Todos tem seu script e seu roteiro a seguir, sempre com uma piada puxando a outra, por meio de um "causo" contado. 

A grande piada de toda história é levar a sério uma mera piada, enquanto muita coisa que deveria ser levada a sério não é. Gente, humor é pra ser tratado como humor. Já tem coisa demais na vida com as quais devemos nos preocupar. Vamos rir mais, não vamos levar a vida tão a sério quando não se precisa. Vá a um espelho, olhe-se, respire fundo e diga, em voz alta: "É... realmente, o Fábio tem razão."