domingo, 29 de junho de 2014

O que eu achei de: GAME OF THRONES

Vamos falar da que talvez seja a série mais midiática e mais falada da atualidade, acho que desde Lost.



Meu conceito é:

O QUÊ? COMASSIM, MONTA? SEU CONCEITO É QUATRO ESTRELAS SÓ? VOCÊ TÁ ENGANADO MIMIMI...

Calma gente, vou explicar. Mas antes de começar a dissertar sobre Game of Thrones, queria deixar bem claro que o post é sobre a SÉRIE DE TV. Todos que a assistem sabe que ela é baseada na coleção de livros de George R. R. Martin, As Crônicas de Gelo e Fogo. Já tem 5 livros lançados e 2 estão para serem publicados futuramente. Mas não li nenhum dos livros e nem pretendo lê-los também. Quem me conhece sabe que não sou muito de ler - sim, sei que estou errado, mas é meu jeito. Sou mais visual do que imaginativo. E também sei que qualquer que seja a adaptação de livros para cinema e/ou TV, nunca vai ser fiel ao(s) livro(s). Até por isso também, pra não me decepcionar tanto, fico mais com a TV.

Então... A série é SIM muuuito boa. Produção, direção de arte, cenografia, figurino, o escambau. Mas acho que o fato de eu acompanhar a série até o seu momento atual - o fim da quarta temporada - se deve ao fato de eu não começar a assisti-la desde a sua estréia. Quando comecei a assistir GoT, estava no começo da quarta temporada, e já sabendo de algumas coisas que aconteceriam no decorrer da série. Mesmo assim, motivado pelo sucesso que ela faz atualmente, continuei a acompanhá-la. E sinceramente, só continuei por causa disso mesmo.

Cara... achei a primeira temporada MUITO parada. Tudo bem que geralmente, as primeiras temporadas são de apresentações dos personagens e tendem a ser mais explicativas do que com ação propriamente dita. Mas os primeiro episódios são MUITO parados, muita conversinha, e só ouvimos a história do "Winter is coming". Acho que é o inverno mais demorado já visto em outras séries. A segunda temporada segue o mesmo esquema, um marasmo, muita conversa... etc. Mas sempre há um episódio em cada temporada que te deixa boquiaberto, pensando "*%&$(@, bicho!! Foda, foda, foda!!" E sempre é o nono episódio: Baelor na primeira temporada, Blackwater na segunda, The Rains of Castamere na terceira e The Watchers on the Wall nessa última. Todos eles foram episódios com ação constante, que deixaram uma expectativa enorme para o décimo - o último episódio de cada temporada, que praticamente em todas as quatro, foi um episódio com mais marasmo, mais um preparativo para o que a próxima temporada vai nos apresentar.

Mas esse é o problema de Game of Thrones, na minha opinião. Não só nos seasons finale, mas como em outros episódios que terminavam um tanto que impactantes, cansei de dizer "agora, a coisa vai começar a ficar boa" enquanto via os episódios da primeira e segunda temporada... mas nunca ficava boa DE FATO. É como eu disse antes... se eu não soubesse que a série ficaria tão boa nas suas temporadas seguintes, acho que teria desistido de vê-la na segunda, ou quem sabe na primeira temporada. 

Outro ponto que me incomoda não só em GoT, mas como em várias outras séries, são os trocentos personagens que ela possui. Há quem diga que são importantes para a trama, mas por termos tantos personagens numa série relativamente pequena - afinal, são apenas 10 episódios por temporada, com 1h de duração cada um -, não dá pra trabalhar bem os personagens todos, ou pelo menos a maioria deles. Tudo bem que a cada episódio, morre pelo menos uns 3 personagens, mas quando você menos espera, aparece mais uns 5. Tá chegando no nível de Avenida Brasil, com 582 personagens.

Mas fora esses fatos que eu citei, eu acho a série muito boa. Fiz realmente certo em continuar a acompanhá-la, tendo fé que ela melhorasse. E de fato, ela melhorou. A quarta temporada, por exemplo, dá pra citar uns 3 ou 4 episódios de cair o queixo. Não quero soltar spoilers aqui - apesar de que meio mundo já deve saber tudo o que acontece em Game of Thrones sem nem assistir o seriado -, mas pra mim, de longe, a quarta temporada foi a melhor que teve. Mais uma vez, vou dizer "Agora, a coisa vai começar a ficar boa!" Mas agora, com mais esperança e mais respaldo, justamente por causa do que foi esses últimos episódios. Duro vai ser esperar até ano que vem para a próxima temporada...

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Sobre a busca desesperada por ingressos pra Copa...

Já estamos no 12º dia de Copa do mundo... e sinceramente... 


QUANTO JOGO BOM DA PORRA TÁ TENDO ESSA COPA, MEU AMIGO!!

Espanha 1 x 5 Holanda, Inglaterra 1 x 2 Itália, Austrália 2 x 3 Holanda, Uruguai 2 x 1, Alemanha 2 x 2 Gana... ATÉ ARGÉLIA 4 x 2 CORÉIA DO SUL foi bom, bicho!! O nível tá bem alto dessa Copa!! Até agora, os únicos "bicho-papões" que parecem existir são Holanda e França.

Mas queria falar especificamente sobre a oferta de ingressos que observo por aí. Vejo gente nas redes sociais oferecendo ingresso pra Itália x Uruguai por R$ 1.000 ou mais... e gente dizendo que paga até R$ 900 no setor mais barato - que é R$ 60 pelo site da FIFA -, ou seja, 15 vezes mais que o preço original. Gente reclamando que quer ir pro jogo, mas não tem ingresso, e dizendo que é uma "palhaçada" da FIFA disponibilizar o ingresso no seu site NA VÉSPERA DO JOGO, e o mesmo esgotar rapidamente, em menos de 2 minutos... muito mimimi e cacacá. Mas aí, você para pra analisar e relembrar a situação.

- A primeira fase de venda de ingressos começou a mais ou menos um ano, quando não sabíamos nem quem ia jogar em cada cidade-sede;
- Depois do sorteio dos grupos, realizado em dezembro, foram conhecidos os jogos da primeira fase de cada cidade, sendo que aqui em Natal, tivemos México x Camarões, EUA x Gana, Japão e Grécia, e amanhã, 24/06, Itália x Uruguai.
- De lá pra cá, foram pelo menos seis meses no qual você podia tentar comprar seu ingresso. Eu, por exemplo, quando fui comprar os meus para o jogo de amanhã, não tive muito problema. Após esperar numa fila - que era algo completamente normal, uma vez que pessoas do mundo todo tentam comprar tais ingressos - por uns 15 minutos, consegui, sem muita demora e problemas, comprar dois lugares para a partida que, antes mesmo da Copa começar, era a que mais prometia, pois será o jogo entre dois campeões mundiais.

Aí é que vem agora minha indagação... se você tá disposto a pagar os preços que eu citei acima no ingresso do jogo de amanhã, pode-se dizer que você tá "desesperado" pra ver o jogo. E como você tá desesperado pra ver o jogo, POR QUE CARGAS D'ÁGUA NÃO COMPROU O INGRESSO ANTES? Salvo exceções do tipo esquecimento mesmo, conheço gente que não tava interessada em ir pra nenhum dos jogos até descobrir que Itália x Uruguai vai ser, talvez, o jogo mais dramático dessa primeira fase, pois quem ganhar passa para a próxima fase, e quem perder tá fora.

"Mimimi mas nesse jogo vão dar o sangue."

CARA... É UMA COPA DO MUNDO. Qual seleção não daria sangue? Você pode até discordar da capacidade técnica de uma seleção ou outra, mas DUVIDO que uma seleção entre achando que Copa é uma competição "meia-boca", que vá jogar um mundial "por obrigação", ou seja, que não entre "dando sangue" nos jogos. Além disso, Copa do Mundo é uma coisa que talvez você nunca mais possa acompanhar in loco, é um momento único que só tem de 4 em 4 anos, praticamente o planeta todo para pra acompanhar os jogos. Claro que um jogo decisivo tem mais um clima de tensão, mas no meu ponto de vista, todos os jogos tem.

E por fim, é o que eu disse antes: é Itália x Uruguai, cara. São 6 títulos mundiais em campo. São grandes seleções, é o, teoricamente, jogo de melhor nível técnico que terá aqui. Mas não basta ser uma grande seleção pra fazer um jogo bom. Como eu disse... lembrem de Argélia 4 x 2 Coréia do Sul. Quem RAIOS apostaria nesse jogo como um dos grandes jogos da Copa até agora? Quem raios acharia que a COSTA RICA seria líder do chamado "grupo da morte", com 3 campeões mundiais (Itália, Uruguai e Inglaterra)? O que quero dizer é que o último jogo da Arena das Dunas já teria tudo pra ser um ótimo jogo. O ingrediente de ser um "mata-mata" antecipado é apenas um bônus para amanhã.

Vi gente querendo fazer leilão num ingresso de Copa do Mundo, dizendo que tá vendendo mas não divulga o preço publicamente. Pra mim, é gente que espera os candidatos a compradores darem seus preços e fica com o que der mais, o que pelo que vejo, não sai por menos de R$ 800, R$ 900. Acho absurdo fazerem isso, e mais absurdo ainda quem compra por ele. Mas cada um, cada um. Eu comprei o ingresso faz uns 4 meses. Ou seja, é algo que eu queria ver DESDE O COMEÇO. Graças a Deus, não estou desesperado por dinheiro, não estou necessitando urgentemente de uma quantia assim. Vou ao jogo, vibrar com os lances e sentir um clima diferente de quando vou pra os jogos do meu ABC. Quero poder ter uma história para contar pros meus netos, poder dizer "netos... um dia, eu assisti um jogo de Copa do Mundo direto do estádio, in loco."

Resumindo... sabe o que eu acho da galera que tá querendo ingresso agora de véspera para o jogo?

Eu acho é pouco.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Vamos falar de Copa do Mundo!

De uns tempos pra cá, vi muito rebelde sem causa falando "mimimi não vai ter Copa", "torcer contra o Brasil", "Copa pra quem?" e coisas do tipo... justificando-se dizendo que os hospitais estão sucateados, a educação está falida, a segurança está precária e etc, etc, etc.

Ok. Vamos fazer uma rápida conta: a última Copa que ocorreu no Brasil foi em 1950. Em 2007, o Brasil foi eleito para sediar esta Copa de 2014. Entre a última Copa e a escolha do Brasil como país-sede, foram-se 57 anos. Venhamos e convenhamos, nesse tempo, as coisas não eram muito diferentes do que temos hoje em dia. Os mesmos hospitais sucateados, a mesma educação falida, a mesma segurança precária... Gente, com Copa ou sem Copa, a situação seria a mesma que temos hoje. É triste, mas é a verdade. Ou seja, o que quero dizer é que você tem todo o direito de protestar por melhorias na condição de vida da sociedade, é direito e acho até dever do cidadão. E claro que uma Copa do Mundo é um meio de divulgar o protesto para todo o mundo. Entretanto, pare de ser alienado e saiba protestar: colocar a culpa nela é usá-la como bode expiatório para um problema que não é dela. 

Sem contar que "torcer contra o Brasil" é a coisa mais imbecil e paradoxa que se há. Afinal, você quer que o Brasil se dê bem sempre, né? Então, porque não torce pro ele na Copa? Nenhum jogador tem culpa da situação que está. Não foi Neymar que roubou o dinheiro da educação, Hulk roubou o dinheiro da segurança, Fred roubou o dinheiro da saúde e afins. Vamos deixar de ser "pseudomilitantes" e não mire nos alvos "mais fáceis", e sim mire nos certos: os políticos que lá estão no(a) Senado/Governo/Câmara/Prefeitura. Cobre DELES uma melhor situação para o lugar onde você mora, e principalmente, ESCOLHA CERTO EM OUTUBRO. Vote com consciência, se informe sobre propostas do seu candidato - tanto as apresentadas quanto as que ele já propôs em mandatos anteriores - e vote com consciência. 

Ou seja: se quer protestar, proteste. Se quer curtir a Copa, curta. Mas não misture as coisas.

Saindo um pouco da esfera política - mas só um pouco -, é incrível como brasileiro gosta de queimar seu filme. Seja Andressa Ulrach mendigando atenção de Cristiano Ronaldo na chegada de Portugal (mesmo ela dizendo que queria esquecê-lo depois dela falar do caso entre os dois), seja ônibus de delegação quebrando, o que impressiona é a capacidade de intolerância do brasileiro e a incapacidade que boa parte deles tem de respeitar o diferente. Só nessa última semana, tivemos uma tentativa de assalto à mexicanos e um argentino sendo agredido e tendo seu dedo quebrado por brasileiros. Bem, se é essa a imagem que estamos querendo passar, que somos arruaceiros e intolerantes, estamos fazendo bem. Só pra reafirmar o que tou falando:

Infelizmente, creio que não será a última vez que veremos isso...

Por fim, queria elogiar a seleção alemã. Hospedada na Bahia, os alemães, com fama de carrancudos, sisudos e sérios, já cantaram o hino do Bahia, visitaram uma escola a qual a federação alemã já ajuda e construíram um centro de treinamento que servirá como condomínio de luxo pós-Copa, sem contar a simpatia que todos os meios midiáticos estão comentando sobre eles. Eu já era fã da seleção de lá - assim como a cultura como um todo, o que me fez ter vontade de aprender alemão -, e depois dessa demonstração de carisma então, fiquei mais ainda.

Que bom seria se os brasileiros também fossem assim, simpáticos com os estrangeiros que aqui estarão, né? Só nos resta torcer para isso ocorrer. E torcer pro Brasil também, né?

quinta-feira, 5 de junho de 2014

O que eu achei de: X-MEN: DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO

Esse filme tá dividindo opiniões. Vi críticas muito boas, e outras que detonaram o longa. Enfim, vou dar a minha agora.



Meu conceito é:

X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido é o 5º filme da franquia e o 2º da "nova franquia" (digamos assim), que trata dos mutantes nas décadas de 60 e 70. Baseado numa história em quadrinhos com esse nome, ele conta a história de como Wolverine teve que voltar ao passado para impedir a morte de um cientista, Bolívar Trask (Peter Dinklage, mais conhecido como Tyrion de Game Of Thrones), o que desencadeia a aceleração do Projeto Sentinela, que devasta não só mutantes, mas como também os "normais". Para isso, ele tem que convencer o Prof. Xavier do passado (James McAvoy) e Erik, também conhecido como Magneto (Michael Fassbender) a impedir Mística (Jennifer Lawrence) de cometer o crime. Mas enfim, a sinopse em si você pode achar em qualquer site especializado - ou não - sobre filmes. Eu vou falar aqui o que eu achei do filme, e tentar não spoilar o máximo possível.

Apesar de algumas adaptações da história em quadrinhos para as telonas (por exemplo, nos gibis quem volta no tempo é a Kitty Pride - a Lince Negra), achei esse novo X-Men é bem legal. O filme é bem encaixadinho na trama e na história. Primeiramente, não vá ao cinema achando que Wolverine é o principal da trama. Ele praticamente só serve para dar o aviso de que no futuro a treta tá comendo solta e dá uns soquinhos e golpes aqui e acolá. Não que eu ache que isso seja bom ou ruim pro filme, pra mim é indiferente: ele tava lá pra fazer o que lhe foi mandado e fez bem. Quem tá BADASSMOTHAFUCKA nesse filme é Magneto. Realmente, Fassbender realmente sabe fazer uma cara de "vejam-me e apreciem-me, pois sou foda!" E ele é foda mesmo. Com relação a galera mutante do futuro, tá todo mundo ali cumprindo seu papel de se defenderem dos Sentinelas, sem muito estrelismo pra um ou outro, o que se torna bom pro filme, já que toda trama se passa em 1973.

P.S.: Não tem a ver com o filme, mas só pra mostrar que
Magneto pode ser até mais foda do que já aparenta ser:

Algumas coisas nesse filme não me agradaram, vamos a elas: no futuro, tivemos alguns mutantes novos, mas eles meio que foram "jogados" para o público em si, que talvez só acompanhe X-Men no cinema e/ou nos desenhos da falecida TV Globinho que Deus a tenha: Bishop, Mancha Solar, Apache e Blink. Eles mal tem fala, e quem não conhece um pouco do legado dos mutantes não sabe nem o nome deles. Já no passado, tem três coisas que me incomodaram um pouco: temos um Charles Xavier chorando durante boa parte do filme por causa dos acontecimentos do filme passado, o Primeira Classe. Cara... são 10 anos de um filme para outro!! DEZ ANOS!! Ninguém chora esse tempo todo! Outra coisa é a quantidade de tecnologia existente naquela época. Os computadores deram seus primeiros passos no começo da década de 50, e 20 anos mais tarde já teríamos toda aquela parafernalha tecnológica que é vista no filme? AAAH, VÁ!! Por fim, a participação de Mercúrio: Evan Peters faz um bom papel, e a cena dele estilo "Os Sem Floresta" é boa... mas é praticamente só isso. Ele podia ser mais participativo durante todo o longa.

Qualquer semelhança é mera coincidência...

Mas a polêmica maior se deve ao fim do filme, pois o desfecho que ele tem nos leva a ideia de que todos os acontecimentos daquela época do passado em diante foram meio que "deletados" da mente dos mutantes. Ou seja, Dias de Um Futuro Esquecido pode ter sido usado para tapar alguns furos ou até mesmo tentar deletar da nossa mente os três primeiros X-Men, que não foram muito bem aceitos pela crítica. Muitos criticam isso, mas eu acho a ideia mais do que válida: se tá ruim e dá pra consertar, que conserte. Erros não estão imunes de ocorrerem, mas é sensato tentar corrigi-los antes que seja tarde demais para isso.

E que venha o Apocalipse em 2016!!

P.S.: Nem preciso dizer que, se tratando de Marvel, tem pós-créditos, né?

sexta-feira, 30 de maio de 2014

O que eu achei de: GODZILLA

Vi o filme no domingo, dia 25/05. Tou escrevendo esse post dia 28/05 e publicando-o dia 30/05. E ainda estou perplexo de como o filme é tão FODA!




Meu conceito é:

Pra quem não conhece, Godzilla é um monstro japonês criado a partir de uma explosão nuclear no Japão. Foi uma clara alusão às bombas de Hiroshima e Nagasaki, lançadas lá durante a Segunda Guerra Mundial, criando assim um monstro gigante, que é uma mistura de dinossauros variados – parece uma mistura de Tiranossauro Rex com Estegossauro - e ainda solta um raio atômico pela boca. Só os japoneses mesmo para criar algo tão legal! 

Godzilla no seu primeiro longa, de 1954 (sim, é um sessentão)
De lá pra cá, o visual dele mudou um pouco, como podem ver nesse vídeo:


Notaram um som de disco arranhado no Godzilla de 1998? Sim, pois é... vou abrir um parenteses aqui pra falar sobre isso: aquilo ali NÃO É O GODZILLA! A TriStar Pictures vendeu o filme como sendo do Godzilla, mas não é! Vamos aos fatos:

- Aquilo é uma iguana gigante, criada oriunda de um teste nuclear na Polinésia Francesa;
- Ele não tem o raio atômico;
- E por fim... ele MORRE NO FIM! Godzilla é “inmorrível!” O nome "GODzilla" faz referência justamente a isso, ele é quase um Deus!

Isso NÃO É o Godzilla!!
Você pode até achar o filme bom, ter gostado da história, dos atores, enfim... mas ponha na cabeça que aquile monstro não é o Godzilla. A Toho, empresa japonesa que produziu a primeira aparição do "Rei Dos Monstros", ODIOU O FILME! Ele foi tão zoado, mas TÃO ZOADO, que a produtora oriental o chamou apenas de ZILLA, justamente para diferenciar um do outro! Sem contar que ele também foi zoado em desenhos, quadrinhos e filmes posteriores. 



Foi tipo um: "EI... NÃO SE MISTURA NÃO QUE EU NÃO SOU TUAS NEGA!"

Pra não dizer que só estou falando mal dele, eis o único legado que eu gostei do filme de 1998:



Bem, mas vamos fechar os parenteses e voltar ao foco do post, que é o filme de 2014. Ouvi muita gente comentando que o filme não é tão bom quanto parece ser. Livrando-se de todos os comentários negativos que tinha ouvido dele, fui vê-lo domingo a tarde sozinho, pois minha digníssima estava ocupada com coisas da faculdade. Poucas pessoas na sala - 6 ou 7, para ser um pouco mais preciso - era sinônimo de calmaria durante o filme e concentração quase que total. E que filme... QUE FILME, meus amigos. A narrativa toda encaixadinha, personagens que não "tomam para si" todos os holofotes do filme, nem mesmo Bryan Cranston, o sr. White de Breaking MOTHAFUCKIN Bad pode ser considerado o astro desse longa. O astro, de fato, é o Godzilla. 
Não quero soltar spoilers do filme, mas pelo trailer deu pra perceber que há um outro monstro lá. E é isso que torna Godzilla mais atrativo, pois remete à história de Godzilla. O Rei dos Monstros não é apenas um monstro que sai por aí quebrando geral e destruindo cidades sem um motivo aparente. O que eu acho o legal de Godzilla é que ele nos deixa em dúvida do que ele realmente é, se é um vilão ou um herói. Ele combate outros monstros e tem seus aliados e iminigos, como por exemplo:

Mothra
Ronda
Anguirus
E as cenas de luta nesse filme são FODAS! Muito bem feitas, algumas meio que "apenas de relance", mostrando apenas a cidade aos cacos depois, dando a você a ideia do quão dura foi a batalha.  

O fato dele demorar a aparecer não me chateou no longa, justamente por toda essa "preparação" que o filme faz. No momento que ele aparece, todos os holofotes são voltados para ele, e os humanos são meio que meros coadjuvantes. E apesar da imprensa japonesa dizer que ele está gordo, isso pouco importa. A pele, os movimentos, o rugido, o raio e a preparação para soltá-lo... tudo ficou beirando a perfeição. E o final também foi muito bom no meu ver, direto, sem ladainhas... mostra bem o que o filme quis dizer.

Se você quer ver um bom reboot de um ícone do cinema, com muita ação, destruição em massa e tensão, assista Godzilla. Livre-se da imagem daquela iguana gigante de 1998 e vá ao cinema pra ver o real Rei dos Monstros.

UPDATE DE ÚLTIMA HORA - 05/06/2014

Vale a pena dar uma sacada no Nerdologia sobre a biologia do Godzilla! E depois, dar uma sacada no canal todo, que é muito legal!!


terça-feira, 27 de maio de 2014

O que eu achei de: COMMUNITY

Tava pensando em novas ideias para o blog, daí pensei em tecer comentários sobre os filmes que assisti ultimamente, coisa que fazia em um antigo grupo o qual eu participava. Porém, não apenas com filmes, pretendo fazer com séries também, outra das minhas paixões. Então, vamos lá!

Ah... desculpem o logo tosco... foi o que consegui inventar! =P
Pra começar, vou falar de uma série que, sinceramente, não me empolgou tanto no começo; mas quando comecei a reparar melhor nela, virei fã de fato:



Meu conceito é:

Community conta a história do advogado Jeff Winger (vivido pelo ótimo Joel McHale, do The Soup), que teve seu diploma invalidado pela Ordem dos Advogados, e por isso teve que voltar para uma universidade comunitária, (tipo uma universidade para losers nos EUA) para tentar reavê-lo. Escolheu Greendale, e lá entrou num grupo de estudo de espanhol, com o único propósito de pegar Britta (Gillian Jacobs). Além dela, faziam parte do grupo Abed (Danny Pudi), Annie (Alison Brie), Shirley (Yvette Nicole Brown), Troy (Donald Glover) e Pierce (Chevy Chase - sim, AQUELE Chevy Chase que todo ano tinha férias frustradas...). Após algum tempo, o foco sobre a vontade de Jeff de ficar com Britta foi posto de lado, passando assim a outras tramas poderem ser desenvolvidas durante a história. Além dos 7 estudantes, temos também o ótimo reitor Pelton (interpretado por Jim Rash) e Chang (Ken Jeong).

Mas não pensem que Community, por se passar em uma universidade, é uma série dessas que são focadas em relacionamentos, decepções, intrigas ou outras coisas dessas séries, digamos, mais voltadas para o público adolescente. Ela tem algo que poucas séries tem hoje em dia, e foi isso que me fez virar fã dela: referências da cultura pop/nerd atual.

Pra se ter uma ideia, no primeiro episódio, Abed faz uma citação de Clube dos Cinco, um dos filmes ícones da geração oitentista:




Durante a série, outros ícones da cultura pop/nerd foram homenageados pela série, com episódios temáticos, modificando até a sua abertura, adaptando-a de acordo com o/a homenageado/a. Exemplos:

Star Wars

Law & Order

Dungeons & Dragons

Faroeste


Entre outros episódios temáticos, como Jogos Vorazes, Resident Evil, Glee, Muppets, Videogames de 8 bits, Beetlejuice (que é muito sutil, dura quase três temporadas e você tem que estar bem atento para perceber, mas é a mais bem bolada de todas) entre outras. Isso rende alguns episódios bem épicos para a série, que você pode conferir alguns deles nessa lista aqui!

Infelizmente, a série teve vários problemas durante sua vida. Primeiro a NBC decidiu retirar o criador-produtor Dan Harmon, a mente brilhante por trás de Community, da produção após o fim da terceira temporada, e em seguida foi Chevy Chase que abandonou a barca durante a quarta temporada pro problemas salariais. Para a quinta, Dan Harmon voltou, entretanto Donald Glover decidiu abandoná-la para se dedicar ao seu projeto de cantor. Pra completar a crise e a burrada da NBC de vez, foi anunciado nesse mês que o seriado teria sido cancelado, mas que pelo menos a Sony estaria procurando um "novo lar" para ela. Quem sabe a Netflix, que já reviveu Arrested Development - uma das boas séries de comédia que eu já vi - não "adota" Jeff, Annie, Britta e cia. para a #sixseasonsandamovie, citada por Abed como mais uma referência, não sai?

Enfim, apesar da baixa audiência, Community é a série mais nerd que eu conheço. E me desculpem os fãs de The Big Bang Theory, mas SIM, Community é mais nerd que TBBT, e inclusive tem um elenco bem melhor e mais diversificado, na minha opinião. Apesar da série de Chuck Lorre ter uma maior audiência visibilidade na mídia, ela explora um já caricato e antigo esteriótipo nerd, escrachando-o para o público; não é apenas mostrarem fãs de Star Trek ou PhD's em Física que falam sobre seu trabalho que é o suficiente para considerar uma série como sendo nerd. São nerds vivendo num ambiente normal, convivendo com coisas cotidianas, mostrando mais ou menos a sua forma de enfrentar as coisas. Já em Community, são pessoas comuns - um ex-advogado, uma religiosa, uma ex-viciada que sofria nos tempos de escola, um popular ex-atleta de escola, uma militante política (ou quase isso), um estudante muçulmano e um velho magnata - vivendo em um ambiente que a cada episódio, dá ao espectador uma referência de algo nerd. Não é preciso estampar a expressão "REFERÊNCIA NERD" a cada cena, explicando-a detalhadamente como a turma de Sheldon faz; ela instiga o espectador para que vá atrás daquela referência. Big Bang mostra nerdices, Community RESPIRA nerdices. Quer exemplo melhor do que os episódios sobre Dungeons & Dragons? Em TBBT, um dos episódios mostra os personagens jogando D&D. Já em Community, o episódio É o jogo: a abertura, as tomadas de câmera, a trilha sonora... tudo muito bem casado, num dos melhores episódios da série.

Talvez seja por isso que Community teve uma audiência baixa: não é uma série para "qualquer um". Além de não ter aquelas "risadas enlatadas" que algumas sitcoms tem, quem tá passando de canal em canal, para em Community e começa a assisti-la,  pode achar um tanto sem graça os episódios, justamente por não entender muito do que é mostrado ali. Ela compromete sua audiência por causa dessas referências intrínsecas, não  durante os pouco mais de 20 minutos que é exibida, explicando assim seu cancelamento. Mas quem gosta da série apenas não "gosta", é quase um culto à cada episódio, admirando cada referência que faz. Torço muito pra que Community volte a ser produzida, seja lá onde for. E quem sabe o filme também, para coroar como uma ótima série. Ora, se Sex And The City conseguiu... por que não Community?

UPDATE DE ÚLTIMA HORA - 29/05/2014!!

Parece que as preces dos fãs foram ouvidas: o Hulu (provedor de conteúdo online, estilo Netflix) está negociando com a Sony para produzir a tão aguardada sexta temporada de Community!! De acordo com a matéria, a Sony está de acordo, só esperando carta branca de Dan Harmon para tal!! Agora é só esperar e torcer!! 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Sobre preconceito (de novo)...

Bem, é o terceiro post sobre preconceito que faço, e talvez o que mais me chamou a atenção pelo "preconceito enrustido" do povo aqui de Natal. Desde quinta-feira a noite rola nas redes sociais o vídeo que Fábio Porchat fala que Natal só tem mulher feia. Com isso, surgiu uma nova onda de "odiadores de Fábio Porchat", falando mal, dizendo que nunca foi bom, xingando-o e pedindo para boicotarmos seu show, dia 22 próximo agora.

Gente, cá pra nós... APOSTO que se ele usasse qualquer outra cidade, a maior parte do povo estaria rindo e não teria esse rebuliço todo. Se quando mexem com os outros você acha graça, por que ficar puto quando mexem com você? Você pode até não gostar desse estilo de humor que faz chacota com alguns rótulos da sociedade; mas se você ri de piadas assim e não riu dessa de Fábio, isso é preconceito SIM, apresentado meio que "às avessas": sem ofensas, e sim com risos. Ou vai dizer que você nunca riu ou esboçou uma risada quando dizem que:

=> Mossoroense é matuto e/ou burro.
=> Português é burro;
=> Gaúcho é gay;
=> Baiano é preguiçoso;
=> Cearense tem a "cabeça-chata";
=> Carioca é malandro;
=> O Acre não existe;
=> Manaura vive no meio do mato; 
=> Fora piadas com mulher, bêbado, padre, criança, idoso... entre outros.


Pra completar, vem um certo BloG dizer por aí que não é hipócrita de dizer que nunca riu com Zé Lezim, Espanta Jesus e outros que fazem piadas com as conotações supracitadas; mas diferentemente de Porchat, eles usam o humor contado em cima de “causos”, “estorias” e “lendas”. Sinceramente, para um blog que se diz o "mais acessado do RN", achar que Fábio Porchat não usa "causos", "lendas" em suas esquetes é coisa de criança, de quem não sabe o que tá falando. Era melhor ter ficado no "hipócrita" do que ser taxado de um " falso ingênuo", pois é o que parece, ao demonstrar que quer "tirar o seu da reta". Assim como Zé Lezim e Espanta, Porchat e vários outros comediantes de Stand Up também escrevem roteiro, criam "estórias", "causos" e "lendas". Nenhum deles, no meio do show, pensa: "Huuum... Deixa eu ver um assunto pra falar agora... Ah, já sei! Vou falar sobre a feiúra do povo potiguar!" Todos tem seu script e seu roteiro a seguir, sempre com uma piada puxando a outra, por meio de um "causo" contado. 

A grande piada de toda história é levar a sério uma mera piada, enquanto muita coisa que deveria ser levada a sério não é. Gente, humor é pra ser tratado como humor. Já tem coisa demais na vida com as quais devemos nos preocupar. Vamos rir mais, não vamos levar a vida tão a sério quando não se precisa. Vá a um espelho, olhe-se, respire fundo e diga, em voz alta: "É... realmente, o Fábio tem razão."